quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Entre confetes e serpentinas


Passado o carnaval, todos falamos do Oscar. Mentira. Não se ouviu um comentário nesta cidade sobre as estatuetas. O único que vi foi um cara travestido de Kate Winslet. Nada mais. Nem fantasia dourada foi usada nas ruas de uma cidade que passou a reinventar o carnaval de rua.

Sim. Milhares de pessoas tomando conta do asfalto e do concreto da Cidade Maravilhosa. Todos se renderam. Ou melhor, quase todos. Há quem não goste de folia. Sorte dos que gostam, pois são maioria. Maioria esta que pulava animadamente atrás de qualquer batuque. Valia até o teto do metrô.

Não dá para dizer qual o melhor bloco, o melhor momento. Afinal, foram 10 blocos em uma “pequena” área da cidade. Consegui me concentrar em apenas uma banda da Zona Sul, e foi aquela que se estendia para o Centro. Grandes blocos. Grande folia. Não tenho idéia de como estava o outro lado do morro. Passei longe. Fui longe.

Minha surpresa foi encontrar rostos inesperados em diversos momentos. Hiláááááário. As fantasias então. Alguns estavam irreconhecíveis. Mas a diversão foi garantida. Ainda mais com uma loira gelaaaaada. No calor que fez, foi a única coisa capaz de esfriar um corpo, além do afanar das pedras de gelos dos ambulantes que teimavam em se infiltrar e atrapalhar os blocos.

Mas queria terminar este post com um pequeno protesto. A alegria estava espalhada, mas muita gente não sabe ainda que tem que saber brincar para descer para o play. Não é porque colocou uma fantasia que já pode chegar bem. Tem que entrar no espírito, ainda mais se for querer seguir bloco com empurra-empurra. Não rola reclamar de pisão no pé, de empurrão. Se for fazer isso, pode colocar o rabinho entre as pernas e tomar o rumo de casa. Aluga um DVD.

Quantas confusões bobas eu vi e senti por causa de uma casualidade e fatalidade de bloco. Multidão dá nisso. Quase apanhei em um bloco. Vi uma amiga ser empurrada injustamente em outro. Fora um troglodita que tentou começar uma briga num lugar de festa e levou uma bela direita no nariz e uma cervejada no quengo. Doeu até em mim.

Então, sigam o conselho para o ano que vem e esqueçam os sentimentos de confusão em casa. Carnaval é para festejar. Pular, cantar, dançar. Se for sentir dor, que seja pelo cansaço das pernas ou por um escorregão no chão molhado. Vale até pisão no pé. O negócio é relevar.

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