Conversas e mais conversas rendem bons questionamentos. Além dos vários que já possuímos, alguém vem e sempre levanta mais um. Aí, ou você enxerga uma coisa que tem e começa a refletir ou adquire mais um, apenas como forma de meditação.
Já tive algumas discussões sobre um assunto que gostaria de expor aqui: o não absoluto. Eu o tenho e não abro mão (olha ele ai). Não sei de onde ele veio ou quando começou. Mas não faz muito tempo que tenho consciência dele. Lembro muito bem a primeira vez que me deparei com ele.
Estávamos lá, um grupo de amigos, o não absoluto e eu. Todos numa mesa de bar conversando, Engraçado que eu nunca tinha reparado nesse não. Ai, um amigo que faz análise e queria me convencer a fazer começou a levantar certas questões e comecei a utilizar esse não. Pois bem que ele me puxa o porquê de eu ter esse não tão firme na boca. De ser intransigível com minhas coisas pessoais.
A partir desse momento, comecei a reparar nisso. Eu nunca tinha pensando no não, até porque sempre tive dificuldade de dizê-lo. Já passei por umas coisas bem chatas apenas por não ter dito um não e o mantido ali, firme. Até quando estou mais enrolado que novelo de lã, eu digo um sim. Por isso não havia enxergado o meu não.
Alguns eu já comecei a trabalhar e não são tão absolutos agora. Quem sabe faz parte do amadurecimento ou do simples fato de ter visto que determinada atitude me prejudicava.
Um desses nãos que eu comecei a trabalhar foi o fato de olhar para trás. Não o ato de repensar sobre atitudes passadas para entender. Mas o ato mecânico de virar o corpo e ver o que ficou para trás. Isso vale para tudo: despedidas, paqueras, viagens. Geralmente, quando olho, a surpresa nunca é tão boa. Não quero ver lágrimas nos olhos de quem amo. Não quero ver que não fui correspondido. Não quero. Não.
Já tive boas surpresas com o fato de olhar. E com o fato de dizer um sim para um não absoluto. Mas isso é raridade e ainda me forço. Uma das coisas que me levaram a não olhar para trás tem relação com a mulher de Ló, que virou estátua de sal ao olhar o castigo que Deus impunha. Ou sempre que alguém está fugindo, em filme, e olha para trás ... buuuum ... vai beijar o chão ou dá de cara com outro bandido/monstro/etc.
Enfim, sei que tenho que rever os meus nãos. E espero que isso possa levá-lo(a) a (re)pensar os seus. De uns, não abro mão mesmo. Já outros, creio que posso revê-los e não virar mais uma estátua de sal.
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