segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Uma noite, muitas coisas - Parte I

Quando criei este blog, não pensava em fazer blog-diarinho. Quero colocar aqui as impressões que possuo das coisas que me cercam. Mas, para isso, não há como escapar do dia-a-dia. Ida a um show, fuga para o cinema, uma mera conversa.
Então, vamos às impressões da última sexta.

Visão noturna
Nunca me passou pela cabeça como o Rio de Janeiro é lindo à noite. As luzes da cidade, o clarão no céu escuro, as sombras das montanhas. As únicas visões noturnas e do alto que tive foram chegando ao Rio de avião ou subindo o Alto da Boa Vista. Mas fiquei impressionado com o impacto de ver a Zona Sul, Baixada Fluminense e Niterói vistas do alto do Morro da Urca.

Arrependi-me profundamente de não estar com minha câmera. As fotos noturnas de lá seriam incríveis. Imagina se fosse com máquina profissional. Peguei uma sexta chuvosa, com o céu encoberto. Mas, tudo era tão belo, que fiquei a imaginar uma lua cheia nascendo e iluminando tudo com o pratear de seus raios. Minha vontade era sentar e contemplar tudo, esperando os raios dourados de um dia de sol. Ainda bem que não fiz isso, pois amanheceu o com uma chuva e um frio.

Ana Carolina
Pois é, a subida para a o Morro da Urca foi para ver o show da Ana Carolina. Nervosismo apenas para ver se ainda tinha ingresso, pois deixei para a última hora. Que, por sinal, foi a melhor coisa feita. Tinha uma fila de gente trocando o ingresso de internet e ninguém comprando na hora. Entrei rapidinho e quando vi, já estava no bondinho a apreciar a noite sobre a Cidade Maravilhosa.

A programação incluía o filme Fumando espero (resenha em outro post) e o show das Meninas do Nós, um pequeno Grupo do Nós do Morro. Mas não vi a apresentação delas. Já tinha ido demarcar meu quadrado para o show principal. Muita gente em um anfiteatro. Muitos casais de todos os tipos e credos. O lance era procurar o lugar mais neutro e que facilitasse a fuga ao fim do show, evitando a loooooo...ooonga fila para descer. Já havia passado apuros assim em uma ida normal ao Pão de Açúcar. Imagina em show, com todos concentrados.

Na posição estratégica e próxima à rota de fuga, ouvi os primeiros acordes da ruiva de voz marcante. Fazia um tempo que me devia o show da moça. E fiquei impressionado com a presença de palco da Ana. Aquela mulher sabe conduzir um espetáculo. E que espetáculo. Ela vai do suave ao forte com uma tranquilidade que encanta. E me surpreendi em ir num show sem baixista. Ela chegou a tocar em poucas músicas, mas o som do instrumento nas outras veio do teclado.

Delírio com os grandes sucessos dela. Pout-pourri com algumas músicas. Guitarras pesadas em outras. Duelo de pandeiros. E, pela primeira vez em muito tempo, eu presenciei um bis. Isso mesmo, um bis. Não aquela saída do palco para voltar e tocar mais três ou quatro músicas do set-list. Ela fez um bis de uma música mesmo. Por mim, teria feito do show inteiro. Sei que sai de lá, apressado, mas saciado e com o gostinho de quero mais.

Cirurgia do siamês
Eu até ia falar das outras coisas que queria, mas vi que o post ia ficar gigantesco. Então, vou finalizar contando a cirurgia do siamês que fiz na sexta. Como assim, Bial?? Pois é. Lembro de ter colocado em algumas linhas desde blog sobre o fato de eu nunca ter saído sozinho à noite. Um amigo até definiu isso como um siamês grudado em mim. E o fato de eu ter uma irmã gêmea colabora para o processo, pois até o parto eu dividi. Sempre tive alguém comigo.

Comecei a ir pro cinema/teatro sozinho quando notei que estava perdendo boas opções de lazer porque não arranjava companhia. A mesma coisa se repetia com shows. Da Ana mesmo foi assim. Ninguém queria ir. Resolvi então encarar a parada sozinho. Precisava daquilo. Tinha colocado como resolução de Ano Novo. Então por que não um show legal e recomendado? Fui e vi que não dói nada. Já estou planejando saídas para boates. Agora é que a buraqueira começa.

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