sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aquarela II

Tive vontade de continuar com o assunto do post Aquarela. Quem sabe é até a idéia original que resolveu sair. Falar somente das amizades por este Brasilzão. Amizades fortes, apesar da distância. Amizades que enciumam, apesar de não quererem substituir nenhuma outra. Amizades sinceras, apesar de algumas páginas coladas. Até as relações familiares ficaram mais fortes e transparentes com a distância. Foram potencializadas.

Amigos que não se vêem e nem se falam por séculos, com um único abraço e dois minutos de prosa, parece que nunca se separaram. A cumplicidade é enorme. Basta enxergar os olhos, que se complementam, que denunciam, que conversam. As piadas, as histórias, as lembranças. Um entende o outro perfeitamente pelo olhar. Não precisa explicar mais nada. Já foi parar na testa. Até parece conversa telepática.

Pena que a distância cause isso. Às vezes, nem é física. Fica por conta das atribulações da vida. A correria do dia-a-dia. Estão sempre se vendo, mas não em contato. Mas basta um momento mais longo e pronto, tudo voltou ao que era antes. Nada tira isso.

O melhor são as amizades que começaram do nada, como quase todas. E ficam tão fortes que causam ciúmes nos outros. Mas não é a intenção. Você quer ser apenas mais um amigo. Não quer tirar ninguém do páreo. Até porque é uma coisa sua: fazer amizades. Dar atenção e carinho. Receber a mesma coisa. E faz sim esperando algo em troca, pois sabe que o altruísmo é utópico.

As amizades ficam tão fortes que as pessoas sentem inveja. Já inventam coisas. Ou não. Acham que o clima é tão legal que sugerem coisas. Poucos são os que entendem que ali há apenas amizade. Paixão de amigos. Tenho vários casos assim, de ser apaixonado por meus amigos. De gostar tanto deles e não ter vergonha de dizer que os amo. Já disse várias vezes e espero continuar a dizer sempre. Mas essa grande aquarela brasileira não permite o contato constante. Ainda bem que há tecnologia para matar as saudades. Pôr o papo em dia.

O importante é que os novos e os velhos amigos são insubstituíveis. Termino até com uma frase que recebi hoje e que me inspirou para escrever, além de outras coisas: não há como esquecer você.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tamo por aqui...
abraço
Felipe, o Luis

Anônimo disse...

e imaginar que ficamos amigos por causa de um gorrinho que nem me pertencia, ne? no frio de guará, em pleno carnaval? amores de carnaval podem passar, mas amizades de carnaval, nao hehehe :)
a tua amizade é um bem precioso que nem o oceano nem a linha do equador separa. não nos falamos sempre, mas vc sempre está nos meus pensamentos e no lado esquerdo do peitoooo (ja cantaria milton nascimento hehehe), na gavetinha das amizades raras e permanentes na minha vida.
beijo da bala.