Refletir. Palavra que pode ser definida como ação de espelhar um objeto real em um plano virtual. Mas que pode ser interpretada como o ato de pensar e repensar algo, que está em nossas mentes, que nos faz agir. Já escrevi aqui sobre o quanto eu reflito sobre minhas atitudes, sobre minha pessoa. Basta ler o post sobre medo. Consigo ser meu próprio analista.
Bom que a prática tem me dado um auto-conhecimento tão grande que tenho a impressão de estar amadurecendo em minutos. Coisa de “envelhecer” 10 anos em 10 semanas. Mentira. Ainda continuo com minha cara de menino. Mas sinto envelhecer por dentro. Mas no sentido de ficar mais sábio, mais sensato.
Várias coisas nos fazem refletir. Porém, gosto mesmo são dos locais que me revelam, me causam epifania. Um quarto grande de hotel a beira-mar, um vôo, uma viagem de carro, um vagão de metrô, uma caminhada por um calçadão, uma mesa de bar. Não importa o local. E, escrevendo este texto, lembrei de um conto da Clarisse Lispector, onde uma mulher começa a enxergar a vida a partir de um cego mascando chiclete. São pequenas coisas que nos trazem para a realidade.
Uma música é a melhor ferramenta para uma reflexão mais profunda. Ela te leva longe, onde é difícil de chegar e onde há sempre uma neblina. Pelo menos é assim comigo. A letra sempre me puxa para o que estou sentindo no momento. Pode aumentar ou aliviar uma angústia. Coração apertado, nó na garganta, falta de ar. Mas a melodia te acalma, vem mansinha, vai te fazendo parar e pensar: por que estou me sentindo assim? Não há motivos. Ou melhor, há motivos. Conversa franca, certeza de um fim, ansiedade por um novo começo, quebra de paradigma, batalha contra o medo, carência.
Por mais que isso tudo te cause um mal-estar, você sabe que poderia cometer os mesmos erros novamente. Mas quem disse que foram erros? Por que não foram coisas certas em momentos errados? Ou mesmo em momentos certos? Foi tudo para um crescimento, um amadurecimento. Tudo para que se tenha uma nova forma de ver o mundo e de querer conhecê-lo. Não há mais receio de se arriscar. O máximo que a vida vai te dar é um não. E sabemos que um Não não é o fim do mundo. Pode ser o começo, o meio e o próprio fim.
O importante é não se arrepender. Mas se assim o for, que seja por algo feito. Para não ficarmos remoendo com os E ses... Isso machuca mais. Porque nos remoemos. Dói saber que poderíamos agir de uma outra forma. De que se as coisas se repetissem, faríamos tudo diferente. Para melhor. Ou pior. Não temos como saber. Somente Deus e o Destino podem prever isso.
Bom que esse post me levou ao caminho de um outro que já queria escrever, mas que vai ficar para uma outra oportunidade. Na minha teoria, já o estaria escrevendo. Mas ficará para a próxima. Afinal, são múltiplas as possibilidades.
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Um comentário:
Ando numa fase muito parecida. Me identifiquei com várias passagens. Adorei o texto!
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