segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Brainstorm

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo ...” - Toquinho

Não sei como funciona a cabeça das pessoas no geral. Muito menos a sua, caro leitor. A minha então, nem se fala. Parece que todo dia eu descubro uma função nova para ela. Tecla SAP, OSD, CC, Timer, etc etc etc. Acho que nunca vou me entender. Então, já peço desculpas por não compreendê-lo. Acho que nem Freud poderia explicar a cabeça do ser humano de hoje, com todos os acessos a coisas boas e as mazelas da vida.

Mas falemos de minha cabeça. Ela não para. Da hora que eu acordo (no 220v) até a hora de brincar de olhar para dentro, meu cérebro, cerebelo e bulbo estão a pleno vapor. São pensamentos, reflexões, idéias, inspirações. Tudo isso para confundir uma cabeça que ainda tem preocupações, lembranças, viagens e qualquer “porraloquice” (ficou legal tudo junto).

Depois que comecei a ter este blog, que voltei a escrever, parece que casei com uma musa e a inspiração não me falta. Se eu andasse com um bloquinho, ia ficar louco escrevendo o que me visse a mente. Sinto que tudo foi potencializado. Ligaram o turbo. Os temas são os mais variados. Já pensei em poemas dadaístas, em contos sem pé nem cabeça, em histórias inventadas, em relatos diversos. E qual foi a saída para isso tudo??? O título deste post.

Vou escrevendo tudo o que me vem a cabeça e que faça algum nexo. Ou não. O importante é dar vazão a essa inspiração que me consome, que me fortalece, que me alimenta. Vejo as coisas na ruas, escuto algo e já penso em escrever. Não importa quando ou onde. Mas o pensamento é tão rápido, que fica impraticável escrever a mão. Não adianta. Nem anotar tópicos. Não fica a mesma coisa do pensamento do momento. E deixar para escrever depois é a mesma coisa.

Fiquei dias matutando sobre escrever sobre covardia. A palavra mesmo. O sentido. Chamar as pessoas de covardes por certas atitudes. Mas deixei para depois e percebi que também sou covarde em minhas atitudes. Assumo muita coisa que sinto e dou minha cara a tapa. Mas também fecho a boca e os olhos para tantas outras. Então, do que adiantar falar que alguém é covarde? De cobrar atitudes, quando eu tenho que me olhar no espelho todo santo dia?

Ontem estava assistindo Sex in the city antes de dormir. Assumo que gosto da série. Acho que ela põe bons questionamentos em “pauta”. O de ontem me fez refletir bastante. Tenho reclamado para algumas pessoas de minha solterice, de não encontrar um relacionamento sério, apesar de querê-lo. Também quero farrear, mas sinto estar pronto para um namoro. E olhe que tudo isso foi no momento universal da carência: o domingo a noite (isso vai render um texto depois). Voltando. A Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker, estava falando sobre relacionamentos e tal. E ela falou uma coisa que me intrigou bastante. Pior, que vi que é verdade. Eu já estou num relacionamento. Estou num namoro com a cidade do Rio de Janeiro faz um tempo e não tenho aproveitado como deveria. Ela falava de Nova York, mas tenho que trazer para a minha realidade. Tenho saído só, mas tenho deixado de fazer muita coisa por pensar que estou só. Como o verbo define, é apenas um estado. Vi que deixo de caminhar pela cidade, de ir a museus, de ver peças. Cinema é o único programa que me dedico. O resto eu deixo de fazer por estar só. E é nesse sair sozinho que eu posso interagir com outras pessoas, fazer novas amizades, conhecer novos lugares. Acho que vou me “namorar” um pouco mais pelas ruas e lugares cariocas.

Trocando muito de assunto e como o próprio post permite, vou escrever mais um pouco, até por já ter me alongado muito. Peguei um trem ontem e percebi o quanto as pessoas são “descivilizadas”. Não quero ficar falando de educação básica, aquela que se aprende dentro de casa: higine, comportamento, etc. Mas fiquei abismado com o chão do vagão do trem lotado de lixo (embalagem de picolé, garrafa pet, papel de bombom etc), enquanto as lixeiras estavam vazias. Vi pessoas jogando lixo no chão ou pela janela. Pior que sempre escuto as mesmas pessoas reclamando da sujeira que toma conta das grandes cidades, do lixo na rua. Espero que elas vejam que têm o direito exigir uma cidade limpa, mas que também possuem o dever de zelar por ela. Cidadania é isso.

Um comentário:

Amanda disse...

Gostei da parte de namorar o Rio. Acho que vou namorar Salvador e ter o Rio como amante... Só ando por aí mesmo rsrsrs
Bjos