Não sei de onde tirei esta teoria maluca. Tão maluca que as pessoas se assustam. Lembro bem de uma vez que comecei a explicar para uma colega e ela me perguntou o que tinha na pizza, já que havia champignon. Parecia uma conversa de bêbado ou de quem tomou um chá de cogumelo. Mas há uma lógica, uma hipótese (não fundamentada) que levou a menina, tempos depois a me procurar e dizer que o que falei tinha um certo sentido. Ela tem até utilizado em suas conversas de bar.
Não sou cético, apesar de ser um pouco São Tomé: só acredito vendo. Creio que não estamos sozinhos no universo, ou melhor, universos. Não sei se tomado por minha infância e adolescência lendo quadrinhos, mas acredito que existam diversos universos, terminando e começando numa infinitude. Quem sabe não foram vários Big Bens e ao mesmo tempo não houve nenhum. Ainda se estando na matéria inicial de tudo o que conhecemos e do que ainda não exploramos.
Com a idéia de que não estarmos sozinhos no meio do nada (já que pela densidade do universo, ele é quase nada), comecei a pensar nos E ses ... da vida. E se eu tivesse escolhido outra profissão, se tivesse nascido em outro lugar, se ... Enfim, o que não faltaria eram possibilidades e probabilidades de acontecer isso ou aquilo. E é ai que começa a criação de um universo paralelo ao que estamos. Um onde nós sofreríamos as conseqüências do sim ou do não tomado. Tudo é possível de ocorrer, porém não temos esse conhecimento, essa consciência.
Cada vez que nos deparamos com uma bifurcação de decisão, um universo é criado e vamos viver o que definiu-se. Aqui temos uma consciência. No outro, nosso outro Eu terá a dele. Agora, multipliquem isso por seis bilhões de seres humanos. Multipliquem depois pela infinitude de possibilidades. Não dá para imaginar quantos universos existem, estão sendo criados e estão sendo destruídos. Sim, podemos já ter morrido várias vezes. Ou mesmo nem ter nascido. Vai que o meteoro que matou os dinossauros acabou com a vida toda na Terra? Vai que apertaram o botão vermelho da destruição? Ou mesmo, como no começo, não houve começo?
Papo de doido isso, mas que, se pensarem bem, se você estiver aberto, poderá compreender que existe um fundamento. Só espero que isso não seja um impeditivo para uma futura aprovação em um teste psicotécnico. Mas lembrem que de médico e de louco, todos nos temos um pouco.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
No mundo da bola
Engraçado, cresci numa família que nunca foi muito fã de esportes, exceto meu pai, que não “perde” uma partida de futebol na televisão. Não teria porque ter influências dessas atividades, mas gosto muito. Não de todos os esportes. Nem sou tão fã assim de futebol. Não sou daqueles que o mundo se acaba quando vê seu time perder, que reclama do técnico, que fala de táticas e tal. Sempre gostei dos esportes menos midiáticos ou não tão populares quanto o futebol.
Mas, se tem uma coisa que eu admiro, é a imagem de um torcedor. Não gosto dos fanáticos e nem dos “flanáticos”, mas o bom torcedor é sempre bom de ver. Preocupado com o time, sofre, chora, ri, grita, vibra. Sempre cometido.
Aprendi muito com isso quando vim morar no Rio, principalmente quando fui morar só. Quantas vezes me peguei correndo para ligar a TV ou mudar de canal pela gritaria que os cariocas fazem ao comemorarem um gol. O mais estranho é que você nunca sabe qual foi o time que colocou a bola para dentro. A algazarra é tanta, que só vendo o jogo para saber quem foi o autor da alegria. Eles não torcem para que o time da cidade ou do estado se dê bem na competição, caso o seu não esteja participando. Querem é a derrota. Inveja pura.
Os cariocas não são companheiros futebolísticos dos outros times. Se o Flamengo está jogando e leva um gol, fluminenses, vascaínos, botafoguenses e mais qualquer outro time que rivalizar com o rubro-negro vibram como se o seu time tivesse marcado um em cima do arqui-rival. Detalhe, isso vale para qualquer time. Não importa a cor da camisa. Sempre será um festival de gritos, contras ou a favor.
As noites de quartas-feiras é que são as mais perceptíveis. Procuro sempre deixar a janela aberta para ouvir as reações, por mais que eu esteja fazendo algo completamente diferente. Sentir essa vibração, essa paixão do outro por algo que não é tão importante para você é interessante. Permitir-se entrar em sintonia com essa energia.
Outro aspecto que vejo sempre nessa rivalidade-cumplicidade é como as pessoas mexem com as outras nas ruas, mesmo sem se conhecer. Basta ter alguém com a camisa do seu time e pronto. Alguém grita: manto sagrado. Outro chega comemorando junto. Vem mais um e passa ridicularizando, desdenhado. Os olhares e os gestos mostram que eles são mais interligados do que pesam. Isso vale também para as conversas de colegas, sejam de trabalho ou academia.
Não lembro se na minha cidade as pessoas também fazem isso. Sempre fui muito desligado do mundo futebolístico. A única lembrança que tenho é dos buzinaços após cada jogo, principalmente se o time da casa ganha o jogo ou o título. Barulho mesmo só escutava perto dos estádios. Algazarra geral somente em jogo da seleção brasileira. Ai, tudo vira festa e desculpa. Mas isso é a visão de uma pessoa que curte futebol, mas que não tem a vida regida por ele.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Reflexões
Refletir. Palavra que pode ser definida como ação de espelhar um objeto real em um plano virtual. Mas que pode ser interpretada como o ato de pensar e repensar algo, que está em nossas mentes, que nos faz agir. Já escrevi aqui sobre o quanto eu reflito sobre minhas atitudes, sobre minha pessoa. Basta ler o post sobre medo. Consigo ser meu próprio analista.
Bom que a prática tem me dado um auto-conhecimento tão grande que tenho a impressão de estar amadurecendo em minutos. Coisa de “envelhecer” 10 anos em 10 semanas. Mentira. Ainda continuo com minha cara de menino. Mas sinto envelhecer por dentro. Mas no sentido de ficar mais sábio, mais sensato.
Várias coisas nos fazem refletir. Porém, gosto mesmo são dos locais que me revelam, me causam epifania. Um quarto grande de hotel a beira-mar, um vôo, uma viagem de carro, um vagão de metrô, uma caminhada por um calçadão, uma mesa de bar. Não importa o local. E, escrevendo este texto, lembrei de um conto da Clarisse Lispector, onde uma mulher começa a enxergar a vida a partir de um cego mascando chiclete. São pequenas coisas que nos trazem para a realidade.
Uma música é a melhor ferramenta para uma reflexão mais profunda. Ela te leva longe, onde é difícil de chegar e onde há sempre uma neblina. Pelo menos é assim comigo. A letra sempre me puxa para o que estou sentindo no momento. Pode aumentar ou aliviar uma angústia. Coração apertado, nó na garganta, falta de ar. Mas a melodia te acalma, vem mansinha, vai te fazendo parar e pensar: por que estou me sentindo assim? Não há motivos. Ou melhor, há motivos. Conversa franca, certeza de um fim, ansiedade por um novo começo, quebra de paradigma, batalha contra o medo, carência.
Por mais que isso tudo te cause um mal-estar, você sabe que poderia cometer os mesmos erros novamente. Mas quem disse que foram erros? Por que não foram coisas certas em momentos errados? Ou mesmo em momentos certos? Foi tudo para um crescimento, um amadurecimento. Tudo para que se tenha uma nova forma de ver o mundo e de querer conhecê-lo. Não há mais receio de se arriscar. O máximo que a vida vai te dar é um não. E sabemos que um Não não é o fim do mundo. Pode ser o começo, o meio e o próprio fim.
O importante é não se arrepender. Mas se assim o for, que seja por algo feito. Para não ficarmos remoendo com os E ses... Isso machuca mais. Porque nos remoemos. Dói saber que poderíamos agir de uma outra forma. De que se as coisas se repetissem, faríamos tudo diferente. Para melhor. Ou pior. Não temos como saber. Somente Deus e o Destino podem prever isso.
Bom que esse post me levou ao caminho de um outro que já queria escrever, mas que vai ficar para uma outra oportunidade. Na minha teoria, já o estaria escrevendo. Mas ficará para a próxima. Afinal, são múltiplas as possibilidades.
Bom que a prática tem me dado um auto-conhecimento tão grande que tenho a impressão de estar amadurecendo em minutos. Coisa de “envelhecer” 10 anos em 10 semanas. Mentira. Ainda continuo com minha cara de menino. Mas sinto envelhecer por dentro. Mas no sentido de ficar mais sábio, mais sensato.
Várias coisas nos fazem refletir. Porém, gosto mesmo são dos locais que me revelam, me causam epifania. Um quarto grande de hotel a beira-mar, um vôo, uma viagem de carro, um vagão de metrô, uma caminhada por um calçadão, uma mesa de bar. Não importa o local. E, escrevendo este texto, lembrei de um conto da Clarisse Lispector, onde uma mulher começa a enxergar a vida a partir de um cego mascando chiclete. São pequenas coisas que nos trazem para a realidade.
Uma música é a melhor ferramenta para uma reflexão mais profunda. Ela te leva longe, onde é difícil de chegar e onde há sempre uma neblina. Pelo menos é assim comigo. A letra sempre me puxa para o que estou sentindo no momento. Pode aumentar ou aliviar uma angústia. Coração apertado, nó na garganta, falta de ar. Mas a melodia te acalma, vem mansinha, vai te fazendo parar e pensar: por que estou me sentindo assim? Não há motivos. Ou melhor, há motivos. Conversa franca, certeza de um fim, ansiedade por um novo começo, quebra de paradigma, batalha contra o medo, carência.
Por mais que isso tudo te cause um mal-estar, você sabe que poderia cometer os mesmos erros novamente. Mas quem disse que foram erros? Por que não foram coisas certas em momentos errados? Ou mesmo em momentos certos? Foi tudo para um crescimento, um amadurecimento. Tudo para que se tenha uma nova forma de ver o mundo e de querer conhecê-lo. Não há mais receio de se arriscar. O máximo que a vida vai te dar é um não. E sabemos que um Não não é o fim do mundo. Pode ser o começo, o meio e o próprio fim.
O importante é não se arrepender. Mas se assim o for, que seja por algo feito. Para não ficarmos remoendo com os E ses... Isso machuca mais. Porque nos remoemos. Dói saber que poderíamos agir de uma outra forma. De que se as coisas se repetissem, faríamos tudo diferente. Para melhor. Ou pior. Não temos como saber. Somente Deus e o Destino podem prever isso.
Bom que esse post me levou ao caminho de um outro que já queria escrever, mas que vai ficar para uma outra oportunidade. Na minha teoria, já o estaria escrevendo. Mas ficará para a próxima. Afinal, são múltiplas as possibilidades.
domingo, 19 de outubro de 2008
Medo
Esta vida é uma estranha hospedaria
De onde se parte quase sempre às tontas
Pois nunca as nossas malas estão prontas
E nossa conta nunca está em dia.
Mário Quintana
De onde se parte quase sempre às tontas
Pois nunca as nossas malas estão prontas
E nossa conta nunca está em dia.
Mário Quintana
Sempre fui uma pessoa medrosa. Já me arrisquei muito também. Quando decidi mudar de cidade, arriscar tudo, todos me acharam corajoso. Eu também me orgulho disso. Ter saído de casa, do conforto do lar dos meus pais, com a cara e a coragem no bolso e estar vencendo na vida. Vivendo e sobrevivendo. Nem vou entrar no mérito do crescimento, do amadurecimento. Mas, mesmo como tudo isso, continuo a sentir medo.
Creio que o medo é parte integrante da vida. Não existe ser humano neste mundo que não tenha medo. Medo da vida, medo da morte, medo de amar, medo de insetos, medo.... Medo de sentir medo. Sei que tenho vários, mas sempre os enfrento, quando posso. Ou quando quero. Mas decidi não mais ter medo de viver e de amar. O porquê disso? A efemeridade da vida.
Dois casos, bem próximos, mexeram um pouco comigo. Por dias, fiquei com isso na cabeça, me perguntando se tivesse sido comigo. Será que meus medos fariam com que eu me arrependesse de não ter realizado coisas? Duas pessoas do trabalho, um mais próximo e o outro apenas um conhecido de vista passaram por revelação e passagem.
O que trabalha diretamente comigo sofreu um grave acidente de moto. Traumatismo, costela quebrada, pulmão perfurado. Hospital por dias. Mas a certeza da vida. De poder respirar. Tenho certeza que ele já é um novo homem. O outro, apenas conhecido de vista, foi mais grave. Com uma história confusa e que acaba em morte, ele fez a passagem com apenas 22 anos. Detalhe: os dois casos ocorreram em menos de sete dias.
Refleti tanto sobre essas duas histórias relatadas que vi o quanto meus medos estavam me impedindo de viver, de tentar ser feliz. É só o que eu quero. Ainda não posso abrir a boca e dizer que não tenho medo disso ou daquilo. Mas o medo da morte me fez deixar de ter medo da vida. Os dois não devem habitar o mesmo corpo, a mesma mente.
Acho que isso tudo só me foi possível porque comecei a enfrentar vários medos internos. Ter consciência de mim mesmo. Uma vez, conversando com uma amiga, que hoje é psicóloga, disse que eu era meu próprio analista. Ela brincou dizendo que eu estava tomando o emprego dela. Mas, falando sério, sempre me analisei muito. Não posso dizer que me conheço 100%, porém me conheço bem. Sei quais as reações que vou ter. Quero mudar algumas, já que muitas estão relacionadas ao medo.
Já decidi, há certo um tempo, de não mais ter medo de expressar meus sentimentos. Agora eu consigo dizer em alto e bom som que eu amo, que eu desejo, que eu quero. Desde criança eu sei dizer eu te amo. Mas nunca fui de falar para quem não fosse minha família. Hoje, posso dizer para quem amo, seja família, amigos, colegas ou meu grande amor que os amo. Lógico que todos têm suas intensidades, mas não tenho mais medo da reação de ouvir um eu te amo. Eu sei que também tenho medo de ouvir, ainda mais quando não se espera ou de quem você nem imagina.
Quero terminar este texto dizendo uma coisa para mim e que servirá para você: Procure não ter medo de ser você mesmo.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Melhor dia da vida
Outro dia, ouvindo uma música, me veio o questionamento: qual foi o melhor dia de minha vida? Diversas imagens me vieram a cabeça no mesmo instante. Foram lembranças agradáveis, momentos inesquecíveis, pessoas que levarei sempre comigo. O problema é que não me veio um dia específico. E a voz da Dido, cantora britânica, continuava a me embalar nos versos de Thank You. Mas o melhor dia continua a martelar minha cabeça, mesmo dias após a revelação.
Creio que nem sempre pensamos nisso, afinal, são inúmeros bons momentos vividos. As experiências que cada um traz, nos remete a situações engraçadas ao sermos indagados sobre tal fato. Nem sei se há como eleger o melhor dia. Creio que podemos ter o melhor momento fácil, como a melhor festa de reveillon, o melhor aniversário, a melhor transa, enfim, o melhor fato concreto que já passamos, por mais que fosse um momento abstrato. Mas como eleger o melhor dia, sem nada muito especial? Será que é apenas pelo melhor período compreendido entre 24h ou o melhor momento entre todos aqueles já vivenciados?
Essa pergunta me corroeu por dias (se bem que ainda me corrói). O inusitado é que sempre ouvia a Dido agradecendo pelo melhor dia de sua vida, que está tudo bem e que agora está tudo onde deveria estar. Mas nunca me perguntei ou mesmo dirigi o fato a alguém. Quem sabe é a primeira vez que uma auto-pergunta minha esteja sendo feita de modo aberto e que leve a você a remexer nas lembranças, sejam elas as mais fácieis de achar ou as que já estão no “arquivo-morto” do nosso cérebro?
De qualquer forma, valeu muito pelas lembranças que obtive. Imagens que estão fundidas a ferro em minha mente. Mas não consigo chegar na tal data. Até porque também não sei se ela já chegou. Vai que ainda está na linha do meu destino e meu bonde ainda não chegou a devida estação. Vai que o seu dia também não chegou, mas a sua ficha vai cair quando você se deparar com a forma como tudo converge para que seja gravado, em letras garrafais, ESTE É O MELHOR DIA DA MINHA VIDA.
Olha, e por mais que o meu tenha chegado e eu não tenha me dado conta, espero que venha um melhor. Que ele tenha sido meu melhor dia até aquele dia que ganhei a consciência dele, mas que um mil vezes melhor esteja no pôr vir. Só que gostei do exercício de vasculhar minha mente atrás de descobrir, dentre as inúmeros imagens de datas, pessoas, locais, eventos, enfim, de tudo que já passei, qual deles foi o melhor. Poder relembrar o melhor abraço, o melhor amanhecer, a melhor festinha. Pena que são só imagens de fatos passados e que não podem mais se repetir. Até porque não seria replay. Porém, o que me deixa mais satisfeito é que essas imagens realmente existiram.
Creio que nem sempre pensamos nisso, afinal, são inúmeros bons momentos vividos. As experiências que cada um traz, nos remete a situações engraçadas ao sermos indagados sobre tal fato. Nem sei se há como eleger o melhor dia. Creio que podemos ter o melhor momento fácil, como a melhor festa de reveillon, o melhor aniversário, a melhor transa, enfim, o melhor fato concreto que já passamos, por mais que fosse um momento abstrato. Mas como eleger o melhor dia, sem nada muito especial? Será que é apenas pelo melhor período compreendido entre 24h ou o melhor momento entre todos aqueles já vivenciados?
Essa pergunta me corroeu por dias (se bem que ainda me corrói). O inusitado é que sempre ouvia a Dido agradecendo pelo melhor dia de sua vida, que está tudo bem e que agora está tudo onde deveria estar. Mas nunca me perguntei ou mesmo dirigi o fato a alguém. Quem sabe é a primeira vez que uma auto-pergunta minha esteja sendo feita de modo aberto e que leve a você a remexer nas lembranças, sejam elas as mais fácieis de achar ou as que já estão no “arquivo-morto” do nosso cérebro?
De qualquer forma, valeu muito pelas lembranças que obtive. Imagens que estão fundidas a ferro em minha mente. Mas não consigo chegar na tal data. Até porque também não sei se ela já chegou. Vai que ainda está na linha do meu destino e meu bonde ainda não chegou a devida estação. Vai que o seu dia também não chegou, mas a sua ficha vai cair quando você se deparar com a forma como tudo converge para que seja gravado, em letras garrafais, ESTE É O MELHOR DIA DA MINHA VIDA.
Olha, e por mais que o meu tenha chegado e eu não tenha me dado conta, espero que venha um melhor. Que ele tenha sido meu melhor dia até aquele dia que ganhei a consciência dele, mas que um mil vezes melhor esteja no pôr vir. Só que gostei do exercício de vasculhar minha mente atrás de descobrir, dentre as inúmeros imagens de datas, pessoas, locais, eventos, enfim, de tudo que já passei, qual deles foi o melhor. Poder relembrar o melhor abraço, o melhor amanhecer, a melhor festinha. Pena que são só imagens de fatos passados e que não podem mais se repetir. Até porque não seria replay. Porém, o que me deixa mais satisfeito é que essas imagens realmente existiram.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Brainstorm
“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo ...” - Toquinho
Não sei como funciona a cabeça das pessoas no geral. Muito menos a sua, caro leitor. A minha então, nem se fala. Parece que todo dia eu descubro uma função nova para ela. Tecla SAP, OSD, CC, Timer, etc etc etc. Acho que nunca vou me entender. Então, já peço desculpas por não compreendê-lo. Acho que nem Freud poderia explicar a cabeça do ser humano de hoje, com todos os acessos a coisas boas e as mazelas da vida.
Mas falemos de minha cabeça. Ela não para. Da hora que eu acordo (no 220v) até a hora de brincar de olhar para dentro, meu cérebro, cerebelo e bulbo estão a pleno vapor. São pensamentos, reflexões, idéias, inspirações. Tudo isso para confundir uma cabeça que ainda tem preocupações, lembranças, viagens e qualquer “porraloquice” (ficou legal tudo junto).
Depois que comecei a ter este blog, que voltei a escrever, parece que casei com uma musa e a inspiração não me falta. Se eu andasse com um bloquinho, ia ficar louco escrevendo o que me visse a mente. Sinto que tudo foi potencializado. Ligaram o turbo. Os temas são os mais variados. Já pensei em poemas dadaístas, em contos sem pé nem cabeça, em histórias inventadas, em relatos diversos. E qual foi a saída para isso tudo??? O título deste post.
Vou escrevendo tudo o que me vem a cabeça e que faça algum nexo. Ou não. O importante é dar vazão a essa inspiração que me consome, que me fortalece, que me alimenta. Vejo as coisas na ruas, escuto algo e já penso em escrever. Não importa quando ou onde. Mas o pensamento é tão rápido, que fica impraticável escrever a mão. Não adianta. Nem anotar tópicos. Não fica a mesma coisa do pensamento do momento. E deixar para escrever depois é a mesma coisa.
Fiquei dias matutando sobre escrever sobre covardia. A palavra mesmo. O sentido. Chamar as pessoas de covardes por certas atitudes. Mas deixei para depois e percebi que também sou covarde em minhas atitudes. Assumo muita coisa que sinto e dou minha cara a tapa. Mas também fecho a boca e os olhos para tantas outras. Então, do que adiantar falar que alguém é covarde? De cobrar atitudes, quando eu tenho que me olhar no espelho todo santo dia?
Ontem estava assistindo Sex in the city antes de dormir. Assumo que gosto da série. Acho que ela põe bons questionamentos em “pauta”. O de ontem me fez refletir bastante. Tenho reclamado para algumas pessoas de minha solterice, de não encontrar um relacionamento sério, apesar de querê-lo. Também quero farrear, mas sinto estar pronto para um namoro. E olhe que tudo isso foi no momento universal da carência: o domingo a noite (isso vai render um texto depois). Voltando. A Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker, estava falando sobre relacionamentos e tal. E ela falou uma coisa que me intrigou bastante. Pior, que vi que é verdade. Eu já estou num relacionamento. Estou num namoro com a cidade do Rio de Janeiro faz um tempo e não tenho aproveitado como deveria. Ela falava de Nova York, mas tenho que trazer para a minha realidade. Tenho saído só, mas tenho deixado de fazer muita coisa por pensar que estou só. Como o verbo define, é apenas um estado. Vi que deixo de caminhar pela cidade, de ir a museus, de ver peças. Cinema é o único programa que me dedico. O resto eu deixo de fazer por estar só. E é nesse sair sozinho que eu posso interagir com outras pessoas, fazer novas amizades, conhecer novos lugares. Acho que vou me “namorar” um pouco mais pelas ruas e lugares cariocas.
Trocando muito de assunto e como o próprio post permite, vou escrever mais um pouco, até por já ter me alongado muito. Peguei um trem ontem e percebi o quanto as pessoas são “descivilizadas”. Não quero ficar falando de educação básica, aquela que se aprende dentro de casa: higine, comportamento, etc. Mas fiquei abismado com o chão do vagão do trem lotado de lixo (embalagem de picolé, garrafa pet, papel de bombom etc), enquanto as lixeiras estavam vazias. Vi pessoas jogando lixo no chão ou pela janela. Pior que sempre escuto as mesmas pessoas reclamando da sujeira que toma conta das grandes cidades, do lixo na rua. Espero que elas vejam que têm o direito exigir uma cidade limpa, mas que também possuem o dever de zelar por ela. Cidadania é isso.
Não sei como funciona a cabeça das pessoas no geral. Muito menos a sua, caro leitor. A minha então, nem se fala. Parece que todo dia eu descubro uma função nova para ela. Tecla SAP, OSD, CC, Timer, etc etc etc. Acho que nunca vou me entender. Então, já peço desculpas por não compreendê-lo. Acho que nem Freud poderia explicar a cabeça do ser humano de hoje, com todos os acessos a coisas boas e as mazelas da vida.
Mas falemos de minha cabeça. Ela não para. Da hora que eu acordo (no 220v) até a hora de brincar de olhar para dentro, meu cérebro, cerebelo e bulbo estão a pleno vapor. São pensamentos, reflexões, idéias, inspirações. Tudo isso para confundir uma cabeça que ainda tem preocupações, lembranças, viagens e qualquer “porraloquice” (ficou legal tudo junto).
Depois que comecei a ter este blog, que voltei a escrever, parece que casei com uma musa e a inspiração não me falta. Se eu andasse com um bloquinho, ia ficar louco escrevendo o que me visse a mente. Sinto que tudo foi potencializado. Ligaram o turbo. Os temas são os mais variados. Já pensei em poemas dadaístas, em contos sem pé nem cabeça, em histórias inventadas, em relatos diversos. E qual foi a saída para isso tudo??? O título deste post.
Vou escrevendo tudo o que me vem a cabeça e que faça algum nexo. Ou não. O importante é dar vazão a essa inspiração que me consome, que me fortalece, que me alimenta. Vejo as coisas na ruas, escuto algo e já penso em escrever. Não importa quando ou onde. Mas o pensamento é tão rápido, que fica impraticável escrever a mão. Não adianta. Nem anotar tópicos. Não fica a mesma coisa do pensamento do momento. E deixar para escrever depois é a mesma coisa.
Fiquei dias matutando sobre escrever sobre covardia. A palavra mesmo. O sentido. Chamar as pessoas de covardes por certas atitudes. Mas deixei para depois e percebi que também sou covarde em minhas atitudes. Assumo muita coisa que sinto e dou minha cara a tapa. Mas também fecho a boca e os olhos para tantas outras. Então, do que adiantar falar que alguém é covarde? De cobrar atitudes, quando eu tenho que me olhar no espelho todo santo dia?
Ontem estava assistindo Sex in the city antes de dormir. Assumo que gosto da série. Acho que ela põe bons questionamentos em “pauta”. O de ontem me fez refletir bastante. Tenho reclamado para algumas pessoas de minha solterice, de não encontrar um relacionamento sério, apesar de querê-lo. Também quero farrear, mas sinto estar pronto para um namoro. E olhe que tudo isso foi no momento universal da carência: o domingo a noite (isso vai render um texto depois). Voltando. A Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker, estava falando sobre relacionamentos e tal. E ela falou uma coisa que me intrigou bastante. Pior, que vi que é verdade. Eu já estou num relacionamento. Estou num namoro com a cidade do Rio de Janeiro faz um tempo e não tenho aproveitado como deveria. Ela falava de Nova York, mas tenho que trazer para a minha realidade. Tenho saído só, mas tenho deixado de fazer muita coisa por pensar que estou só. Como o verbo define, é apenas um estado. Vi que deixo de caminhar pela cidade, de ir a museus, de ver peças. Cinema é o único programa que me dedico. O resto eu deixo de fazer por estar só. E é nesse sair sozinho que eu posso interagir com outras pessoas, fazer novas amizades, conhecer novos lugares. Acho que vou me “namorar” um pouco mais pelas ruas e lugares cariocas.
Trocando muito de assunto e como o próprio post permite, vou escrever mais um pouco, até por já ter me alongado muito. Peguei um trem ontem e percebi o quanto as pessoas são “descivilizadas”. Não quero ficar falando de educação básica, aquela que se aprende dentro de casa: higine, comportamento, etc. Mas fiquei abismado com o chão do vagão do trem lotado de lixo (embalagem de picolé, garrafa pet, papel de bombom etc), enquanto as lixeiras estavam vazias. Vi pessoas jogando lixo no chão ou pela janela. Pior que sempre escuto as mesmas pessoas reclamando da sujeira que toma conta das grandes cidades, do lixo na rua. Espero que elas vejam que têm o direito exigir uma cidade limpa, mas que também possuem o dever de zelar por ela. Cidadania é isso.
sábado, 11 de outubro de 2008
Azedo como um limão
Epifania significa revelação. É tudo aquilo que te leva a ter consciência de um fato da vida. Da sua vida. Pode ser um comportamento, um entendimento, ou apenas um conhecimento. Já tive inúmeras em meus vinte e tantos anos, mas nenhuma me levou a me questinoar tanto como a pergunta de uma colega. E foi algo tão simples, mas que mexeu bastante numa mente que não para de pensar no universo que nos rodeia. Algo que surgiu como uma brincadeira, mas que abriu as portas para um outra dimensão: Vem cá, você chupou limão hoje? Como uma pergunta assim te deixa tão vulnerável.
Momentos antes eu havia respondido uma pergunta, mas que não sabia a resposta e nem porque ela estava sendo direcionada a mim. Vai que respondi meio seco, meio sarcástico. Porém eu sempre respondo meio assim. Então comecei a me analisar para saber se eu era grosseiro sempre ou quando isso se revelava. Foi quando comecei a vasculhar meu interior e ver onde estava errando.
Passei dias com o limão na cabeça. Mas isso era pouco e acrescentei um pouco de fel, para saber também se era amargo. Nunca me considerei assim, azedo e amargo. Mas vai que eu sou assim e ainda não ganhei consciência disso, ainda. Também ninguém me disse isso diretamente. Porém, pessoas “noiadas” pensam tudo o que pode acontecer. Vai que o azedume foi uma coisa de momento? Mas vai que não é?
Mas isso faz parte de imagens que construímos sobre nós mesmos. Afinal, somos compostos por três Eus: aquele que realmente somos, aquele que mostramos para as pessoas, e aquele que as pessoas acham quem nós somos. Se bem que este número pode crescer e, por isso, é melhor termos só esta “tripla” personalidade. Fica até mais fácil de nos entendermos. Sé é que isso é algo possível. Sei que sempre buscamos meios para nos compreendermos, mas não sei se estamos preparados para nos conhecermos. A idéia que temos de nós pode ser despedaçada.
Creio que somos como um quadro abstrato, onde temos que interpretar as ações e os sentimentos. Até porque, quem nunca se remoeu por estar sentindo algo que não era para estar sentindo naquele momento ou que achava que não devia expressar isso. Isso meio que veio até por uma colega psicanalista, quando conversávamos sobre formar de expressar sentimentos. Afinal, quem disse que não podemos chorar quando estamos tristes? Por que ter vergonha de derramar lágrimas, se algo nos está machucando e a saída para aliviar aquilo é o choro?
Agora, revisando este material, é que eu vi que fui mudando de assunto, mas que não sai do tema, que são a imagens que construímos de nós mesmos. Afinal, o ser humano se utiliza de imagens para se comunicar. E mesmo aqueles que não podem ver ou para aquelas imagens que não temos como ver, sempre há uma descrição que nos faz criar uma idéia do que é em nossa mente. Ou nunca ninguém se perguntou: eu imaginava isso bem diferente?
Momentos antes eu havia respondido uma pergunta, mas que não sabia a resposta e nem porque ela estava sendo direcionada a mim. Vai que respondi meio seco, meio sarcástico. Porém eu sempre respondo meio assim. Então comecei a me analisar para saber se eu era grosseiro sempre ou quando isso se revelava. Foi quando comecei a vasculhar meu interior e ver onde estava errando.
Passei dias com o limão na cabeça. Mas isso era pouco e acrescentei um pouco de fel, para saber também se era amargo. Nunca me considerei assim, azedo e amargo. Mas vai que eu sou assim e ainda não ganhei consciência disso, ainda. Também ninguém me disse isso diretamente. Porém, pessoas “noiadas” pensam tudo o que pode acontecer. Vai que o azedume foi uma coisa de momento? Mas vai que não é?
Mas isso faz parte de imagens que construímos sobre nós mesmos. Afinal, somos compostos por três Eus: aquele que realmente somos, aquele que mostramos para as pessoas, e aquele que as pessoas acham quem nós somos. Se bem que este número pode crescer e, por isso, é melhor termos só esta “tripla” personalidade. Fica até mais fácil de nos entendermos. Sé é que isso é algo possível. Sei que sempre buscamos meios para nos compreendermos, mas não sei se estamos preparados para nos conhecermos. A idéia que temos de nós pode ser despedaçada.
Creio que somos como um quadro abstrato, onde temos que interpretar as ações e os sentimentos. Até porque, quem nunca se remoeu por estar sentindo algo que não era para estar sentindo naquele momento ou que achava que não devia expressar isso. Isso meio que veio até por uma colega psicanalista, quando conversávamos sobre formar de expressar sentimentos. Afinal, quem disse que não podemos chorar quando estamos tristes? Por que ter vergonha de derramar lágrimas, se algo nos está machucando e a saída para aliviar aquilo é o choro?
Agora, revisando este material, é que eu vi que fui mudando de assunto, mas que não sai do tema, que são a imagens que construímos de nós mesmos. Afinal, o ser humano se utiliza de imagens para se comunicar. E mesmo aqueles que não podem ver ou para aquelas imagens que não temos como ver, sempre há uma descrição que nos faz criar uma idéia do que é em nossa mente. Ou nunca ninguém se perguntou: eu imaginava isso bem diferente?
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Pegadas do passado
Quase tudo que resume nossas vidas é baseado em imagens, sejam elas construídas, inventadas ou idealizadas. O engraçado é que você me permitiu as três possibilidades em seu olhar. Não consigo esquecer a primeira vez que nossos olhos ser viram. Não deu para disfarçar. Nós dois sabíamos aonde aquilo poderia nos levar.
Não tenho como falar de você, exceto que retribuiu parte do que te ofereci. Mas posso falar com propriedade do que me fez sentir. Percebi que não tinha muito tempo e as chances eram escassas. Não tivemos a oportunidade de nos falarmos neste primeiro encontro. Só que eu sabia que tinha que falar com você. Fui invadido por algo que não sentia há muito tempo. Você grudou em meus pensamentos (e permanece assim até hoje).
Reconheço minha ousadia em falar com você. Tive que ter coragem de enfrentar a situação e acho que me sai bem. Minha vontade era de te beijar no primeiro Oi, mas sabia que isso não seria legal. Que tipo de pessoa você pensaria que eu era. Viajei em nossa conversa. Já criei todo um mundo paralelo onde estaríamos juntos desde o primeiro momento, desde o primeiro olhar.
Esperei com uma certa dose de ansiedade pelo primeiro beijo. Procurei sentir cada milímetro de sua boca encontrando a minha. O toque suave em sua pele. O arrepio que suas mãos me provocaram. O doce sabor de fruta, apesar do chiclete de menta. Pouco me importei com o lugar onde estávamos ou o que poderiam pensar de nós. Queria apenas estar com você.
Pior que, antes mesmo de nos falarmos, eu já sabia que teríamos um pequeno problema: a distância que nos separa. Se fossem míseros quilômetros, eu te queria em meus braços mais vezes, não me importando com algumas horas de viagem só para ganhar a beleza de teu sorriso adentrando pelos meus olhos ávidos de tua presença.
Mas o destino me pregou uma peça. Queria poder, com 100% de certeza, afirmar isso no plural da primeira pessoa. Mas a Vida não me permitiu assim. Na verdade, ela me pregou duas.
Você me ligou no dia seguinte. Não esperou que eu entrasse em contato. Pró-atividade também é sua marca. Conversa meio ressabida, afinal, as poucas palavras que tecemos nos permitiram um conhecimento superficial. Ouvir sua voz me encheu de prazer. A troca de mensagens durante dias. Só em apenas ler "Oi menino lindo. Bjos" já me dizia que eu estava entregue a você. Percebi ali, que desde do primeiro toque do olhar, você havia roubado meu coração. E fiquei feliz com isso. Por ser você.
Cheguei a te falar como fui conquistado. Não tenho vergonha em dizer novamente que seus beijos em meus olhos terminaram de levar o que já era teu.
Fiquei mais encantando ainda com as conversas nas madrugadas. Os cochichos para ninguém acordar ou perceber o teor de nosso papo. O deliciado som da sua voz invadindo meu ouvido e provocando um sorriso imenso em minha boca. Sorriso esse que sempre vem a minha face quando penso em você.
Me surpreendi ao receber uma música de letra forte e que, de certa forma, demonstrava o que você também poderia estar sentindo por mim. Após ouvi-la, sabia que tinha que te ver o mais rápido possível. Tive a oportunidade, mas ela me foi arrancada com tanta força, que fiquei entristecido em não te ver. Mas, como o Tempo é sábio, ele, em combinação com o Destino, me reservou um encontro todo especial contigo. Literalmente, corri para teu lado. As pernas doíam enquanto eu me apressava. Faltava fôlego, já que este foi roubado por toda a ansiedade que eu sentia. O tempo demorou a passar, menos o sorriso e a felicidade que tomavam conta de mim, de minha alma.
Enfim, te olhei mais uma vez. Não estava acreditando estar ao teu lado. Poder te tocar, te beijar, te abraçar. Tudo estava sendo mágico, assim como foi nosso encontro. Pena que durou pouco. Novamente, o Destino teve que nos separar mais uma vez. Pude te conhecer melhor, assim como você. Não sei que imagem você ficou de mim. Eu tenho as melhores suas. O conforto que tive em ficar do teu lado e saber que eu poderia abrir meu coração. Não tenho medo em me machucar por causa disso. Tenho medo é de não me deixar te amar, de não querer me apaixonar por você.
A distância complica. Sempre fui daqueles que não acreditam em nada muito longe, sem toque. Mas com você é diferente. Eu me arrisco.
O Paulinho Moska, excelente declamador do amor, canta em Trampolim os versos "Que tipo de piscina terá embaixo deste trampolim? Que pulo que eu vou ter que dar para não me ferir? Porque acordar sem você é ficar cego no amanhecer. É assistir o fim do mundo antes de escurecer. E eu no meio disso tudo, sem saber, Se já estamos no inicio do que vamos ser". A única coisa que essa música me fala é para eu pular de cabeça e sem medo de querer ser feliz, por mais que eu encontre uma piscina rasa ou mesmo caia nas pedras. Mas sinto que devo arriscar contigo.
O mais engraçado disso é que eu não te conheço ainda, mas sei que quero você.
Não tenho como falar de você, exceto que retribuiu parte do que te ofereci. Mas posso falar com propriedade do que me fez sentir. Percebi que não tinha muito tempo e as chances eram escassas. Não tivemos a oportunidade de nos falarmos neste primeiro encontro. Só que eu sabia que tinha que falar com você. Fui invadido por algo que não sentia há muito tempo. Você grudou em meus pensamentos (e permanece assim até hoje).
Reconheço minha ousadia em falar com você. Tive que ter coragem de enfrentar a situação e acho que me sai bem. Minha vontade era de te beijar no primeiro Oi, mas sabia que isso não seria legal. Que tipo de pessoa você pensaria que eu era. Viajei em nossa conversa. Já criei todo um mundo paralelo onde estaríamos juntos desde o primeiro momento, desde o primeiro olhar.
Esperei com uma certa dose de ansiedade pelo primeiro beijo. Procurei sentir cada milímetro de sua boca encontrando a minha. O toque suave em sua pele. O arrepio que suas mãos me provocaram. O doce sabor de fruta, apesar do chiclete de menta. Pouco me importei com o lugar onde estávamos ou o que poderiam pensar de nós. Queria apenas estar com você.
Pior que, antes mesmo de nos falarmos, eu já sabia que teríamos um pequeno problema: a distância que nos separa. Se fossem míseros quilômetros, eu te queria em meus braços mais vezes, não me importando com algumas horas de viagem só para ganhar a beleza de teu sorriso adentrando pelos meus olhos ávidos de tua presença.
Mas o destino me pregou uma peça. Queria poder, com 100% de certeza, afirmar isso no plural da primeira pessoa. Mas a Vida não me permitiu assim. Na verdade, ela me pregou duas.
Você me ligou no dia seguinte. Não esperou que eu entrasse em contato. Pró-atividade também é sua marca. Conversa meio ressabida, afinal, as poucas palavras que tecemos nos permitiram um conhecimento superficial. Ouvir sua voz me encheu de prazer. A troca de mensagens durante dias. Só em apenas ler "Oi menino lindo. Bjos" já me dizia que eu estava entregue a você. Percebi ali, que desde do primeiro toque do olhar, você havia roubado meu coração. E fiquei feliz com isso. Por ser você.
Cheguei a te falar como fui conquistado. Não tenho vergonha em dizer novamente que seus beijos em meus olhos terminaram de levar o que já era teu.
Fiquei mais encantando ainda com as conversas nas madrugadas. Os cochichos para ninguém acordar ou perceber o teor de nosso papo. O deliciado som da sua voz invadindo meu ouvido e provocando um sorriso imenso em minha boca. Sorriso esse que sempre vem a minha face quando penso em você.
Me surpreendi ao receber uma música de letra forte e que, de certa forma, demonstrava o que você também poderia estar sentindo por mim. Após ouvi-la, sabia que tinha que te ver o mais rápido possível. Tive a oportunidade, mas ela me foi arrancada com tanta força, que fiquei entristecido em não te ver. Mas, como o Tempo é sábio, ele, em combinação com o Destino, me reservou um encontro todo especial contigo. Literalmente, corri para teu lado. As pernas doíam enquanto eu me apressava. Faltava fôlego, já que este foi roubado por toda a ansiedade que eu sentia. O tempo demorou a passar, menos o sorriso e a felicidade que tomavam conta de mim, de minha alma.
Enfim, te olhei mais uma vez. Não estava acreditando estar ao teu lado. Poder te tocar, te beijar, te abraçar. Tudo estava sendo mágico, assim como foi nosso encontro. Pena que durou pouco. Novamente, o Destino teve que nos separar mais uma vez. Pude te conhecer melhor, assim como você. Não sei que imagem você ficou de mim. Eu tenho as melhores suas. O conforto que tive em ficar do teu lado e saber que eu poderia abrir meu coração. Não tenho medo em me machucar por causa disso. Tenho medo é de não me deixar te amar, de não querer me apaixonar por você.
A distância complica. Sempre fui daqueles que não acreditam em nada muito longe, sem toque. Mas com você é diferente. Eu me arrisco.
O Paulinho Moska, excelente declamador do amor, canta em Trampolim os versos "Que tipo de piscina terá embaixo deste trampolim? Que pulo que eu vou ter que dar para não me ferir? Porque acordar sem você é ficar cego no amanhecer. É assistir o fim do mundo antes de escurecer. E eu no meio disso tudo, sem saber, Se já estamos no inicio do que vamos ser". A única coisa que essa música me fala é para eu pular de cabeça e sem medo de querer ser feliz, por mais que eu encontre uma piscina rasa ou mesmo caia nas pedras. Mas sinto que devo arriscar contigo.
O mais engraçado disso é que eu não te conheço ainda, mas sei que quero você.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Em terra de cego ...
Quem tem dois olhos, comanda!!! Aprenda a enxergar.
Não quero adentrar sobre a frase acima, mas é que acabei de chegar em casa depois de assistir Ensaio sobre a cegueira, do Fernando Meirelles. Não quero falar sobre o filme, resenhá-lo, resumi-lo. Não sei se vou fugir do enredo como um todo, mas foram determinados elementos abordados na película que me motivei.
Na verdade, a caminho do cinema, já vinha pensando em escrever sobre olhos e olhares novamente. Tenho algumas idéias do que escrever sobre o comportamento das pessoas em ambiente fechados: elevador, metrô, banco. Mas isso fica para uma próxima.
O que quero mostrar aqui é que o filme é tão forte, tão intenso sobre a essência humana, que você fica hipnotizado e não acredita como o ser humano pode ser tão cruel. Já vi vários filmes com esse comportamento do homem. Mas é difícil de aceitar que a humanidade seja capaz dessas coisas. Não precisamos recorrer à ficção. O homem já fez diversas atrocidades ao longo das eras. Não é necessário listas e os motivos são os mais diversos. Na verdade, creio que se analisarmos bem, só há um motivo: o poder de poder subjugar outro. O poder de decidir sobre a vida do outro. É tão complicado isso.
Mas, ao mesmo tempo que vemos a crueldade inerente do homem, vemos também o quanto podemos ser bons. Um grupo surge como a luz na escuridão da crueldade. Todos, como suas falhas e seus problemas, se unem em prol de sobreviverem, de lutarem para ficarem juntos. Eles não querem pisar em ninguém nessa dura jornada. Apenas querem encontrar a luz da sobrevivência.
Uma coisa engraçada que vim pensando no caminho do cinema até em casa é que fui ver um filme que fala sobre o dom da visão um dia depois de criar este blog. Além de postar sobre olhos e olhares. Só que estes olhos que acompanharam a escrita deste post, se chocaram com as cenas do filme. Da possibilidade do comportamento humano em situações de caos e desespero. Quanto mais pensamos que estamos preparados para algo, mais nos enganamos. Ninguém está preparado para nada. O melhor é tentar o controle. Se é que esse controle existe.
Não quero adentrar sobre a frase acima, mas é que acabei de chegar em casa depois de assistir Ensaio sobre a cegueira, do Fernando Meirelles. Não quero falar sobre o filme, resenhá-lo, resumi-lo. Não sei se vou fugir do enredo como um todo, mas foram determinados elementos abordados na película que me motivei.
Na verdade, a caminho do cinema, já vinha pensando em escrever sobre olhos e olhares novamente. Tenho algumas idéias do que escrever sobre o comportamento das pessoas em ambiente fechados: elevador, metrô, banco. Mas isso fica para uma próxima.
O que quero mostrar aqui é que o filme é tão forte, tão intenso sobre a essência humana, que você fica hipnotizado e não acredita como o ser humano pode ser tão cruel. Já vi vários filmes com esse comportamento do homem. Mas é difícil de aceitar que a humanidade seja capaz dessas coisas. Não precisamos recorrer à ficção. O homem já fez diversas atrocidades ao longo das eras. Não é necessário listas e os motivos são os mais diversos. Na verdade, creio que se analisarmos bem, só há um motivo: o poder de poder subjugar outro. O poder de decidir sobre a vida do outro. É tão complicado isso.
Mas, ao mesmo tempo que vemos a crueldade inerente do homem, vemos também o quanto podemos ser bons. Um grupo surge como a luz na escuridão da crueldade. Todos, como suas falhas e seus problemas, se unem em prol de sobreviverem, de lutarem para ficarem juntos. Eles não querem pisar em ninguém nessa dura jornada. Apenas querem encontrar a luz da sobrevivência.
Uma coisa engraçada que vim pensando no caminho do cinema até em casa é que fui ver um filme que fala sobre o dom da visão um dia depois de criar este blog. Além de postar sobre olhos e olhares. Só que estes olhos que acompanharam a escrita deste post, se chocaram com as cenas do filme. Da possibilidade do comportamento humano em situações de caos e desespero. Quanto mais pensamos que estamos preparados para algo, mais nos enganamos. Ninguém está preparado para nada. O melhor é tentar o controle. Se é que esse controle existe.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Olhares
"Seus olhos e seus olhares, milhares de tentações" - Leoni
Engraçado como o Destino gosta de causar trotes. Acredito piamente nele. Mas também ajo em seu favor. Dou uma mãozinha. Pena que quem a pega, ás vezes, a mão está lisa e escorregadia. A queda é inevitável. Muitas vezes, apenas é o balanço do braço caindo pesadamente.
Mas tudo começa no olhar. Com um olhar. Você está, sentando, olhando as pessoas ao seu redor, querendo se achar na multidão. Perdido em lugares profundos da mente. E ai vem, um belo par de olhos cor de mel. Um olhar profundo em sua direção. Você se perde naqueles olhos que não saem do seu. Tudo deixa de existir e você só enxergar aqueles belos olhos.
Eles te seguem para onde você vai. Você também os segue. Que peça é essa que o destino está te causando? Por que esse olhar profundo em sua direção? Não consigo entender o que tenho de especial para atraí-los. Mas não quero que parem de me olhar. Sigam-me.
Você aproveita e tem uma conversa com o Destino. Ele te faz agir e ir atrás daqueles olhos. Você se arrisca. E petisca. O destino está do seu lado. Murphy esqueceu que você existe por um tempo. Apenas por um tempo. Logo ele põe suas garras de fora.
Pronto, mais uma rasteira. Já não suporto mais rasteiras. Veio tudo junto. Balde de água fria, queda de penhasco, salto mortal twist carpado na jaca. Voilá!!! O mundo desaba em sua cabeça e a única coisa que resta é esquecer.
Você consegue fazer a fila andar, mas não consegue mais aquele tipo de olhar. Exatamente aquele que te paralisa, que te faz esquecer que o mundo um dia existiu, que te congela a barriga. Vai apenas caminhando, perdido no meio da multidão, procurando olhos que te afaguem.
Mais uma vez o Destino te estende a mão. Você decidiu parar de sofrer, realmente esquecer o brilho dos olhos cor de mel. A vida realmente continua e ergue-se a cabeça. Para quê??? Para encontrar outro par de olhos que te hipnotizam. Desta vez, o mesmo frio na barriga. Quase que a mesma situação vivida antes. Mais uma vez, você segue os conselhos do amigo Destino. Os olhos, que te buscam de forma tão profunda, te fazem agir mais uma vez impulsivamente.
Você pensa mais uma vez no que possui. Seu ego recebe uma boa corrente de ar e infla. Mas para quê? Para que o próprio Destino, que é sado, venha sorrateiramente e te derrube. Na verdade, ele não te fez levantar tanto. Apenas te colocou no lugar que deve ocupar: o papel de coadjuvante em um filme trash tipo B. Nem Zé do Caixão te criaria. Tudo bem, foi exagero. Mas para que te tratar assim? Não tem porque te levantar, fazer ficar em pé e vir te dar uma rasteira. Você não é masoquista para gostar de sofrer.
Mas também não quero ser descrente em tudo. Nem em ninguém. Ainda acredito no meu potencial. Sei que conseguirei ter meu lugar ao sol. E sei que para chegar nessa praia, tem trânsito, dificuldade para estacionar, areia cheia. Mas uma coisa que me motiva é que a fila anda. E nesse fila existem olhos e olhares.
Engraçado como o Destino gosta de causar trotes. Acredito piamente nele. Mas também ajo em seu favor. Dou uma mãozinha. Pena que quem a pega, ás vezes, a mão está lisa e escorregadia. A queda é inevitável. Muitas vezes, apenas é o balanço do braço caindo pesadamente.
Mas tudo começa no olhar. Com um olhar. Você está, sentando, olhando as pessoas ao seu redor, querendo se achar na multidão. Perdido em lugares profundos da mente. E ai vem, um belo par de olhos cor de mel. Um olhar profundo em sua direção. Você se perde naqueles olhos que não saem do seu. Tudo deixa de existir e você só enxergar aqueles belos olhos.
Eles te seguem para onde você vai. Você também os segue. Que peça é essa que o destino está te causando? Por que esse olhar profundo em sua direção? Não consigo entender o que tenho de especial para atraí-los. Mas não quero que parem de me olhar. Sigam-me.
Você aproveita e tem uma conversa com o Destino. Ele te faz agir e ir atrás daqueles olhos. Você se arrisca. E petisca. O destino está do seu lado. Murphy esqueceu que você existe por um tempo. Apenas por um tempo. Logo ele põe suas garras de fora.
Pronto, mais uma rasteira. Já não suporto mais rasteiras. Veio tudo junto. Balde de água fria, queda de penhasco, salto mortal twist carpado na jaca. Voilá!!! O mundo desaba em sua cabeça e a única coisa que resta é esquecer.
Você consegue fazer a fila andar, mas não consegue mais aquele tipo de olhar. Exatamente aquele que te paralisa, que te faz esquecer que o mundo um dia existiu, que te congela a barriga. Vai apenas caminhando, perdido no meio da multidão, procurando olhos que te afaguem.
Mais uma vez o Destino te estende a mão. Você decidiu parar de sofrer, realmente esquecer o brilho dos olhos cor de mel. A vida realmente continua e ergue-se a cabeça. Para quê??? Para encontrar outro par de olhos que te hipnotizam. Desta vez, o mesmo frio na barriga. Quase que a mesma situação vivida antes. Mais uma vez, você segue os conselhos do amigo Destino. Os olhos, que te buscam de forma tão profunda, te fazem agir mais uma vez impulsivamente.
Você pensa mais uma vez no que possui. Seu ego recebe uma boa corrente de ar e infla. Mas para quê? Para que o próprio Destino, que é sado, venha sorrateiramente e te derrube. Na verdade, ele não te fez levantar tanto. Apenas te colocou no lugar que deve ocupar: o papel de coadjuvante em um filme trash tipo B. Nem Zé do Caixão te criaria. Tudo bem, foi exagero. Mas para que te tratar assim? Não tem porque te levantar, fazer ficar em pé e vir te dar uma rasteira. Você não é masoquista para gostar de sofrer.
Mas também não quero ser descrente em tudo. Nem em ninguém. Ainda acredito no meu potencial. Sei que conseguirei ter meu lugar ao sol. E sei que para chegar nessa praia, tem trânsito, dificuldade para estacionar, areia cheia. Mas uma coisa que me motiva é que a fila anda. E nesse fila existem olhos e olhares.
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