
O bom é que você consegue trabalhar os sentimentos a partir da revelação. Mesmo que só sirva para pedir que você enfrente-os e não tema mais, não fuja mais. Não faz mal continuar amando, detestando. O que você deve ter na sua consciência é que é natural a continuidade das coisas. Você pode até notar que não quer mais, mesmo que ainda continue a gostar, a sentir. O importante é se perceber e parar de negar.
No final, é sempre positivo, pois se saberá como trabalhar, como se portar. O medo de reencontrar, de dizer o que ainda se sente acaba. Tudo muda e você enxerga que está disposto e disponível para caminhar. Uma nova trilha? Porque não. O mesmo caminho com outra companhia? Porque não. Afinal, não há certo ou errado. O que vale a é a tentativa de continuar vivendo.
Li outro dia que a tentativa é o primeiro passo do fracasso. Mas devemos ter em mente que é também o primeiro passo do sucesso. Não devemos ter medo de pensar que as oportunidades que nos surgem são grandes de nós para a nossa capacidade. Se ela está ao nosso alcance é porque podemos. Basta saber trabalhá-la. Existem as enganosas, mas elas têm seus pontos positivos. E nos darão o discernimento para diferenciar os spams que a vida nos reserva. Diferenciar o que é realmente válido para o nosso crescimento.
E que surjam mais epifanias, seja por uma palavra, um comportamento alheio, como o do cego mascando chiclete e que mostrou todo um novo mundo para a moça do bonde em um conto da Clarice Lispector. Mas, diferente dela, utilize a revelação para mudar de vida e de atitude. Não retorne para o ponto anterior. Utilize no seu aprendizado de vida.
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