A timidez ou a falta de jeito não diminuem em nada sua qualidade vocal. Creio que faz parte de sua composição de artista. O jeitinho de menina, as pernas dobradas sobre o banco, a forma como toca o violão. O show intimista, no qual houve apenas o acompanhamento de seu percursionista e a participação de um amigo cantor, o Leandro Leo.

Ah, quase ia esquecendo de dizer que a moça é a compositora da maior parte de seu repertório, que inclui versões um tanto curiosas, como o Baba Baby, da Kelly Key. Gadú canta também composições de amigos. As letras falam do cotidiano da vida, principalmente, dos relacionamentos. Linda Rosa, uma das que mais gostei, fala exatamente disso, dos “pobres desses rapazes, que tentam lhe fazer feliz”. Há músicas de batidas mais rápidas também, passando por um samba, por um soul. Mas uma versão que achei bem interessante foi de Ne me quitte pas, quando Gadú pediu desculpas antes de começar a cantar os primeiros versos. Motivo: o show foi no auditório da Aliança Francesa.
Ela ainda está para lançar seu primeiro CD. Fiquem atentos a esse nome. Principalmente aqueles que puderem ir conferir as próximas apresentações de que tenho conhecimento: dias 12, 19 e 26 de abril, na Cinemateque, em Botafogo.
Um comentário:
Ótimo!!! Passou bem o espírito do show!
Postar um comentário