segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Lira paulistana

Já cantava Caetano em Sampa que andar por São Paulo mexe com o coração. Não sei explicar o que é. A energia que paira sobre a cidade, que sai do chão, que se respira, mesmo com toda a poluição suspensa no ar. Acho que o ar lá é tão carregado, que energiza. Volto sempre com as baterias recarregadas.

O engraçado é que sempre faço as mesmas coisas. Andar pela Paulista, comer no Bixiga, explorar a Liberdade. Mas há sempre espaço para o novo, que muda a cada passagem pela megalópole: Mercado Municipal, Ibirapuera, Oca, Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa, Museu do Ipiranga, Anhangabaú, Teatro Municipal, Galeria do Rock.... Não falta o que explorar na terra da garoa.

Devo até ressalvar que somente em minha última ida para aquelas paragens é que me deparei com as famosas gotículas. Fazia tempo que lá só chovia forte. Não é a toa que os alagamentos são constantes. Afinal, floresta de concreto gera micro-clima.

Mas não é disso que quero falar. Quero falar da efervescência cultural que emana pelas ruas. Tenho vontade de ir na Virada Cultural, mas a oportunidade virá. Não que falte coisas do tipo no Rio, cidade que escolhi para morar (hoje). Uma amiga fluminense que está há dois meses em Sampa diz que a cidade é a minha cara. Quem mandou ser cosmopolita!

Não teria o menor problema em morar lá. Explorar melhor os recantos paulistanos. Tenho poucos pecados para com a cidade, como não conhecer o MASP. Conheço o vão, a feira, mas não o prédio. Já vi até projeções naquelas paredes que circunvizinham o museu. Até porque foi a programação da cidade para o Natal. Que, ressalvo, soube embelezar a avenida mais agitada do país.

Queria entender o que as pessoas tem contra São Paulo. Eu não tenho nada, fora o trânsito caótico a que estamos acostumados a ver. Mas é uma cidade que se reinventa nas pessoas, que dão jeitinhos para sobreviver. Ainda bem. Vai que isso vem da época dos bandeirantes, que só dependiam deles mesmos para criar a maior cidade do país. E pensar que tudo começou num pátio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Até que enfim alguém reconhece os encantos de São Paulo! O interior também é bem legal viu? hehehehehe...

bjos