domingo, 7 de dezembro de 2008

Indiferença

Depois de dias sem escrever, hoje inauguro o mês de dezembro. Fiquei uns dias sem entrar na internet e outros sem idéias do que escrever. Nem a minha listinha de temas serviu de norte para escrever sobre algo. Mas tem uns dias que venho refletindo sobre o poder da indiferença sobre as pessoas.

A guerra dos sexos é baseada nisso. Fala-se que quanto mais se pisa, mais o outro gruda com chiclete; que são como biscoito; que deve-se ignorar; etc etc etc. Pior que a gente sempre se atrai pela indiferença. Isso não é regra e há exceções. Parece que o gosto da conquista é melhor sobre alguém que não está nem ai para nós.

Não vejo porque relatar experiências minhas, ainda mais quando estou generalizando tudo. Mas olhando para o meu passado, me peguei nessa situação. E também vi que fui indiferente e, pouco depois, conquistado. Porém, devo ressaltar aqui que isso não vale apenas para relacionamentos amorosos. É muito mais comum nas amizades.

Comecei a fazer uma lista e vi que o que eu mais fazia era mendigar amigos. Sempre fui assim. Devo continuar sendo. Sou eu quem liga para chamar para sair, para ir ao cinema, para almoçar. Quantas vezes já passei o final de semana sem receber uma ligação ou mensagem. E ai me pego nas amizades de farra. Sei também que já provoquei motivos para não ser chamado. Você já deve ter feito isso também. Uma furada aqui, uma sumida ali, uma desculpa esfarrapa acolá. Mas isso não quer dizer que não queiramos mais ser chamados.

Conversava, semanas atrás, com um amigo. Falávamos sobre amizades e o poder delas. Ele me disse uma coisa com a qual estou intrigado até hoje. Ele disse que temos apenas seis amigos de verdade. Eles são aqueles que visualizamos carregando o nosso caixão. Achei o papo meio mórbido, mas isso ficou na cabeça. Cheguei a visualizar a cena. Não vi seis. Não vou dizer o número, se foi a mais ou a menos, mas consegui ver quem está além de um choppinho às quintas ou de uma saidinha de final de semana.

O bom de tudo isso foi que eu vi que não devo mais ser indiferente com as pessoas. Até porque nunca fui muito de fazer isso. Faço, com gosto, apenas com quem não vou nem um pouco com a cara. Trato como me tratam. Acho que essa é a melhor forma de se construir boas relações. Fica meio São Francisco, mas é a mais pura verdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Juro, este post me deu um balde de água fria! Quantas vezes já não fui relapsa com meus amigos, com vc!
Eu seguraria seu caixão com o maior prazer, viu?!
hehehehehe...