Hoje eu quero sair só...
Não demora eu tô de volta
Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar!
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua...
Lenine
Não demora eu tô de volta
Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar!
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua
A lua me chama
Eu tenho que ir pra rua...
Lenine
Nada melhor para o auto-conhecimento que uma viagem. Ficar sozinho por um tempo. Só você e a imensidão de seus pensamentos. Saiba que vai bater a carência e a dúvida. Por que escolhi este caminho? Por que deixei de fazer aquilo? Tudo grita em sua mente. Perguntas, questões, respostas sem nexo, pierrot retrocesso, meio bossa nova, rock'in roll. Tudo trava. O riso. O choro. Nada sai, mas, ao mesmo tempo, tudo flui.
Não são só as viagens que fazem isso conosco. A própria época do ano. Pensar no que fez, no que deixou de fazer, no que não deveria ter feito... Valorar os acontecimentos. Mensurá-los. Impossível. Por isso que tanta gente se deprime nessa época. Já, que no momento que olhamos para trás, temos que mirar o horizonte à nossa frente, a espera de um novo ano. Ano este que cometeremos acertos e erros. Vamos falhar, isso é fato, mas também vamos vencer.
Uma coisa que sempre gostei de fazer para tentar colocar tudo em ordem foi caminhar. Sair sem rumo, seguindo o vento. Ou mesmo contra. O importante é ir. A lua chama a gente. Quando me vejo, já fui longe. Mas nada que me faça perder o caminho de volta. Se é que há volta. Creio que o caminho é semelhante, mas não o mesmo.
A viagem que comecei a falar no início do post foi a minha do Natal. Mas não quero começar uma lira paulistana. Tudo mudou. A volta para casa. A ausência. A presença. A carência. Tudo isso embaralhou os pesamentos. Tudo deu um nó. Mas, como diz o Lenine, não demora e já estou de volta. Mas sei que quero sair só. Não sem companhia, já que isso não me é um grande empecilho. Quero sair só, sem meus pensamentos, sem ninguém em minha cabeça.
Já me basta o irmão gêmeo siamês grudado em mim, que não me permite fazer certas coisas sozinho. A cirurgia de separação já começou. Fiz um exame preparatório. A meta é que ocorra nos primeiros meses de 2009. Resolução de ano novo: sair só!
Mas, não querendo me alongar mais, termino este post com uma fala do grande conhecedor do amor sem barreiras ou hipocrisias.
“Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada. Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar. D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio. Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.”
Nelson Rodrigues.
Não são só as viagens que fazem isso conosco. A própria época do ano. Pensar no que fez, no que deixou de fazer, no que não deveria ter feito... Valorar os acontecimentos. Mensurá-los. Impossível. Por isso que tanta gente se deprime nessa época. Já, que no momento que olhamos para trás, temos que mirar o horizonte à nossa frente, a espera de um novo ano. Ano este que cometeremos acertos e erros. Vamos falhar, isso é fato, mas também vamos vencer.
Uma coisa que sempre gostei de fazer para tentar colocar tudo em ordem foi caminhar. Sair sem rumo, seguindo o vento. Ou mesmo contra. O importante é ir. A lua chama a gente. Quando me vejo, já fui longe. Mas nada que me faça perder o caminho de volta. Se é que há volta. Creio que o caminho é semelhante, mas não o mesmo.
A viagem que comecei a falar no início do post foi a minha do Natal. Mas não quero começar uma lira paulistana. Tudo mudou. A volta para casa. A ausência. A presença. A carência. Tudo isso embaralhou os pesamentos. Tudo deu um nó. Mas, como diz o Lenine, não demora e já estou de volta. Mas sei que quero sair só. Não sem companhia, já que isso não me é um grande empecilho. Quero sair só, sem meus pensamentos, sem ninguém em minha cabeça.
Já me basta o irmão gêmeo siamês grudado em mim, que não me permite fazer certas coisas sozinho. A cirurgia de separação já começou. Fiz um exame preparatório. A meta é que ocorra nos primeiros meses de 2009. Resolução de ano novo: sair só!
Mas, não querendo me alongar mais, termino este post com uma fala do grande conhecedor do amor sem barreiras ou hipocrisias.
“Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada. Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar. D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio. Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.”
Nelson Rodrigues.
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