sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Saudades ...

Saudade de ouvir a frase “Gente, hilário!” na voz doce de uma grande amiga.
Saudade de sentar na grama e tomar chimarrão com os amigos.
Saudade de falar espanhol com amigos latinos em uma fila de canadenses.
Saudade de caminhar pelas ruas de Toronto.
Saudade de tomar banho de chuva no jardim da casa dos meus pais.
Saudade de dormir até tarde em um quarto totalmente escuro.
Saudade de tomar banho de rio perto do sítio de uma tia.
Saudade de comer cajá, pitanga, pitomba e seriguela.
Saudade de fazer guerra de travesseiros com uma prima querida.
Saudade de fazer rodinha de violão na casa dos amigos.
Saudade de contar piadas infames com os amigos da faculdade.
Saudade de dormir de rede.
Saudade de desvendar o Maciço de Baturité.
Saudade de jogar carimba (queimada) depois da escola.
Saudade de andar de charrete no interior de Quixadá.
Saudade de ter os dedos dos pés estalados por minha avó.
Saudade de caminhar por uma praia deserta, mas bem conhecida.
Saudade de assistir o Silvio Santos aos domingos junto de minha mãe.
Saudade das músicas de ninar.
Saudade de ouvir a palavra Padrinho.
Saudade de comer cocada quente e fresquinha.
Saudade de brincar na rua até a hora de ir para a cama.
Saudade de tomar banho de rio enquanto meu pai desatolava o carro na volta da fazenda do meu avô.
Saudade de imitar o Trem da Alegria com meus primos.
Saudade de fazer danação junto com meus irmãos.
Saudade do tempo onde tinha apenas a responsabilidade de fazer o dever de casa.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Textículos

Após um momento de ausência, uma aparição. Espero que não rápida. Como o tempo passou e as idéias também, resolvi escrever pílulas de sabedoria (ou não). Somente textos curtos sobre o que vi.
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Domingo tem o show mais esperado do ano. Pelo menos para mim. A Apoteose, aqui no Rio de Janeiro, vai deixar o samba de lado e receber o Coldplay. Mais uma vez estarei perto de minha banda favorita. Pena que não tão perto quanto nosso último encontro, quando consegui encostar no palco e pegar na mão do Chris Martin. Não se preocupem. Não sou fã exagerado, pois lavei as mãos. O motivo de não chegar perto este ano é o alto valor da pista VIP e que não haverá apenas seguranças separando a parte pobre da rica. Mas quem sabe eu pularei uma grade.
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Estou fraco de cinema. Depois de Julie & Julia, cuja resenha foi postada mais abaixo, vi mais dois filmes: Avatar, do James Cameron, e Lobisomen, com o Benício Del Toro. Sei que perdi o time da resenha para ambos. Mas queria registrar que Avatar é sim um grande filme e uma mega produção. Há boas interpretações, um roteiro bem legal e uma mensagem de salve a Terra, apesar de só haver duas referências ao nosso planeta. O que achei mais legal é que vi em Avatar o descobrimento da América pelo homem europeu. Vi em alguns personagens a ganância de Hernán Cortez. Engraçado foi receber depois um e-mail dizendo que o roteiro do filme é o mesmo de Pocahontas e ver que existe nexo em tudo, trocando apenas alguns detalhes. Ah, e a graça de ver em 3D é pela profundidade e pelo colorido. Não vi grande coisa, como em certos desenhos em que a atmosfera do 3D te envolvia.
Já Lobisomen é um bom divertimento. Foi legal ver a Emily Blunt em um filme de época e com um visual bem diferente do O Diabo Veste Prada.
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Uma coisa bem engraçada que vi na internet nos últimos dias foi uma regravação da música Apaixonado, da Aline Barros, por um travesti. A filmagem é tosca, a edição é tosca e a idéia é tosca. Vai ver por isso que saiu engraçado.
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O Carnaval 2010 no Rio foi incrível. Fui em menos blocos que o previsto, mas a qualidade imposta foi grande. Em alguns, aproveitei até a última gota. O mais sensacional de todos foi o Cordão do Boitatá, que reuniu um milhão de pessoas na Praça XV, em um domingo escaldante de calor subsaariano. Todos brincando, cantando, pulando e frevando. Agradecimento em especial para os que levaram pistola d’água e não tiveram medo de atirar nos outros.
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Após mais de um mês de calor escaldante e termômetros de rua marcando 47°, 48°, o Rio amanheceu em baixo de chuva e com temperatura mais suportável. Nos 30º, rola até usar um casaco, se compararmos com a semana passada. Valeu São Pedro.
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Ainda há tanto o que escrever. Mas fica para uma próxima. No momento, só continuo a sorrir.