A cada de dia que passa, deparo-me com situações que colocam em prova a alma humana, seja para o bem, seja para o mal. Não são somente em notícias sobre feitos realizados pelo homem, mas são as situações circunvizinhas de minha própria pessoa, inclusive as minhas. Qualidades, defeitos, virtudes, desvios... devaneios.
Como pode o homem ser tão volúvel, a ponto de nunca saber o que realmente se quer para os tracejados de sua própria vida. Às vezes, queremos tudo ao mesmo tempo agora. Ou não queremos nada, nadica de nada. Ou simplesmente não sabemos o que queremos, que é o mais comum de nossa “bendita” psiquê.
E o pior é saber que determinadas atitudes acabam atingindo o outro, o famoso próximo, mesmo que não tenhamos a intenção.
Acredito que isso é mais comum do que pensamos por um único motivo: não somos sinceros com nós mesmos desde o início. Não o nosso início de vida, mas do comecinho da coisa. Na primeira conversa, no primeiro beijo, no primeiro toque. E o pior é que mesmo sabendo que estamos mentindo para nós mesmos, criamos um personagem que comete as “nossas” atitudes. Pois só estando fora de si para tal coisa, pensamos nós.
O que custa levantar, mirar o espelho e ser sincero com seus próprios sentimentos? Por que o medo de dizer para si mesmo o que sente, o que quer? Não sei se sou exceção ou se estou na tentativa de ser, mas tenho procurado me empenhar ao máximo em saber o que quero. E não tenho tido muitas dúvidas. Quando as tenho, é por medo da reação alheia, pois tenho me conhecido tão bem que já consigo visualizar o porvir de minhas reações (Será que sou o escolhido?).
O processo de autoconhecimento é a melhor forma para conhecer o outro, mesmo sabendo que este é cada vez mais surpreendente e imprevisível. O que deixa sempre uma pontinha de medo sobre o que dizer, o que fazer, como se comportar, como amar. E que, por mais experiências que se tenha, por mais conhecimento que se adquira, sempre vamos nos deparar com as situações mais inusitadas e inesperadas, que nos pegam de calças na mão e nos deixam sem chão.
Fazemos o que então? Continuemos a viver, pois não a nada que o tempo não cure, que não saibamos conviver e aprender, que não possamos suportar, já que, no geral, nós não sabemos mesmo o que ser.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olá... gostei muito da forma como escreves. :)
Esse texto me fez pensar no mundo que vivemos e no que eu realmente quero.
Na realidade eu sempre sei o que eu não quero, mas definitivamente fico em dúvida sobre qual rumo tomar em diversos momentos da minha vida... Nunca tinha parado pra pensar o quanto minhas dúvidas podem afetar a vida dos que estão a minha volta...
Interessante...
Bom, até mais.
Bjus, Manuela
Postar um comentário